Os conceitos de segurança em TI e segurança da informação geralmente são confundidos nas empresas, embora tenham denominações que, na prática, são distintas.
Até mesmo os profissionais da área podem se equivocar e tratar ambos os termos como sinônimos, quando, na realidade, não o são. Isso leva a equipe de TI a ter dúvidas acerca do que, de fato, necessita.
Por exemplo, o gestor pode propor uma solução estritamente técnica para garantir a segurança da informação, porém, isso não significa que os dados foram protegidos, mas sim que as camadas e mecanismos de segurança da infraestrutura foram aprimorados.
O mesmo equívoco pode acontecer na medida em que o gestor decidir criar regras e aplicar as melhores práticas de uso da tecnologia, educando a todos os colaboradores, e achar que a segurança em TI está sendo bem executada.
Já deu para ter uma noção do perigo ao qual o engano pode nos levar, não é mesmo? Portanto, continue acompanhando o artigo para evitá-lo. Vamos começar?
O que é a segurança em TI?
A segurança em TI tem um papel estratégico nas organizações, pois é ela a responsável pelos processos de proteção de toda a estrutura da tecnologia de uma empresa, como:
- bancos de dados;
- servidores;
- provedores;
- computadores e notebooks;
- data centers;
- serviços de proteção de dados, entre outros.
Todos os itens citados fazem parte da segurança de TI de uma organização e são essenciais para o bom funcionamento do seu negócio.
Como implementar a segurança em TI?
Política de Segurança de TI
A implementação da segurança em TI deve começar pela criação de uma Política de Segurança com objetivos bem claros: estabelecer regras para todos os colaboradores que utilizam os recursos tecnológicos da empresa.
Por meio das regras previstas no documento — acessível a todos os funcionários — a Política de Segurança de TI promoverá garantias de que a Confidencialidade, a Integridade e a Disponibilidade, também conhecida como tríade CID, serão preservadas.
Com a política em prática, os colaboradores terão o dever de aplicar todos os princípios citados:
- Confidencialidade: é a proteção dos ativos, seguindo a ideia de que indivíduos não autorizados devem ser incapazes de obter acesso;
- Integridade: atesta que qualquer modificação ou atualização só pode ser feita mediante autorização;
- Disponibilidade: assegura a preservação do sistema e de seus recursos para que pessoas autorizadas tenham o acesso contínuo aos ativos.
Para que as equipes consigam cumprir suas novas responsabilidades, é necessária a aplicação de treinamentos, avaliações periódicas e máxima atenção em orientar sobre cada atualização.
Vale salientar que o documento não deve se manter intacto e inalterável. A tendência é que a empresa evolua e, com isso, haverá a necessidade de atualizar os termos para que a Política de Segurança de TI se mantenha nos conformes com a realidade.
Investimento em soluções de segurança
A partir do momento em que a política de segurança é aplicada, o próximo passo é a implementação de soluções robustas para proteger os servidores — que jamais devem estar vulneráveis.
Uma maneira de contribuir para que o CID seja adotado pelos colaboradores é o monitoramento e a implantação de um firewall.
Por meio do monitoramento é possível, por exemplo, identificar falhas e insistentes tentativas de login, o que pode se configurar em um ataque ou solicitação de acesso indevido.
O firewall, por sua vez, possibilita à empresa ter controle sobre o acesso e verificar em tempo real todas as portas, além de conceder diferentes privilégios e restrições para cada empregado.
Investir em um programa antivírus corporativo também é uma medida capaz de fornecer a segurança em TI que a sua empresa precisa, impedindo que ataques por DDoS venham a ameaçar o seu negócio.
O que é a segurança da informação?
O conceito de segurança da informação é muito mais amplo e, justamente por isso, muitas vezes acaba confundido com a segurança em TI.
A segurança da informação não é uma única tecnologia fechada, mas sim um conjunto de ferramentas, estratégias e políticas de segurança que visam proteger a empresa de vários problemas. Alguns de seus objetivos são:
- proteção e prevenção contra ataques virtuais aos sistemas corporativos;
- prevenção e detecção de vulnerabilidades na área de TI da empresa;
- proteção das informações alocadas em ambientes virtuais da organização;
- implementação de políticas de uso de dados na empresa;
- prevenção do acesso de pessoas não autorizadas aos dados corporativos e sigilosos.
Quando a empresa aposta na segurança da informação, ela aumenta a confiabilidade de seus sistemas, evita o vazamento de informações e dados importantes, além de manter a disponibilidade e integridade de todos os seus arquivos, 24 horas por dia, 7 dias da semana.
Como implementar a Segurança da Informação?
Política de Segurança da Informação
Assim como na segurança em TI, a implementação da Segurança da Informação requer a criação de uma política de segurança, praticamente nos mesmos moldes, porém, com ênfase na proteção dos dados.
Como o objetivo é blindar as informações contidas nos sistemas da empresa, o primeiro passo a tomar é decidir o que deve ser protegido e em que grau de criticidade.
Separar as informações de acordo com a importância que cada uma delas tem para os negócios é fundamental para que haja uma proteção eficiente, ao mesmo tempo em que a política não interfira ou atrase os processos.
O treinamento da equipe deve acontecer periodicamente, assim como a avaliação do conhecimento que cada colaborador tem da Política de Segurança da Informação e qual a sua importância.
É sempre bom lembrar a todos sobre os perigos do malware e as consequências que um ataque de ransomware pode trazer para a empresa, comprometendo, inclusive, o emprego de todos. Em outras palavras, os empregados devem se tornar os maiores protetores da informação.
Auditoria
Realizar auditorias é muito importante para que a empresa se certifique de que as medidas atuais correspondem à Política de Segurança da Informação e promova melhorias continuamente.
Segurança da informação x segurança em TI: afinal, qual é a diferença?
Por um lado, a segurança de TI é focada em manter a segurança dos sistemas operacionais e da infraestrutura de TI da empresa, enquanto a segurança da informação é um conceito que vai muito além e tem como objetivo proteger os dados e informações corporativas em si de ataques e ameaças.
Se você ainda não conseguiu compreender a diferença entre os dois termos, pense que, enquanto a segurança de TI cuida das máquinas e de todo o hardware da organização, a segurança da informação protege toda a parte de software, inclusive as informações que trafegam na rede corporativa.
Segurança corporativa
Para que a empresa tenha uma maior segurança na área de TI como um todo, é importante que os dois modelos andem de mãos dadas, de forma a evitar vulnerabilidades e ataques ao sistema corporativo. Ou seja, os dois conceitos são, na prática, complementares.
Quando implantados na organização, ambos trabalham de forma conjunta para blindar equipamentos, servidores, softwares e redes corporativas contra quaisquer problemas. Assim, a área de TI se mantém segura e sempre atualizada para que no dia a dia da empresa não surjam surpresas desagradáveis.
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