Que os ataques de ransomware são a ameaça da vez você provavelmente já sabe. Porém, o novo Relatório de Ameaças Cibernéticas da SonicWall 2021 coloca tal tendência em números — e eles são assustadores.

Segundo a pesquisa, houve um aumento de 63% no número desse tipo de incidente ao longo do ano passado; já entre janeiro e abril de 2021, o crescimento foi ainda maior se comparado com o mesmo período de 2020, ficando na faixa de 90%. No total, a equipe da SonicWall Capture Labs identificou 154,4 milhões de tentativas de ataque.

A companhia aponta alguns motivos para tal fenômeno. Primeiro, o preço do bitcoin — criptomoeda mais usada pelos criminosos para receber o pagamento dos resgates — tem crescido exponencialmente. Além disso, com a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV2), as gangues perceberam que empresas de muitas verticais – como os setores de varejo, saúde e governo, por exemplo – nem sempre atualizam seus ambientes de segurança cibernética.

“Embora a história ainda vá observar um número incontável de mudanças sociais, econômicas e políticas causadas pela pandemia, ela também trouxe uma mudança radical na segurança cibernética. Como a COVID-19 se espalhou pelo globo, uma onda sem precedentes de crimes cibernéticos seguiu seu rastro, elevando as taxas de quase todo tipo de ataque cibernético”, explica Bill Conner, presidente e CEO da SonicWall.

Tão preocupantes quanto os ransomware são os ataques contra dispositivos de Internet das Coisas (IoT), que registraram um aumento de 66% em 2020, com um total de 56,9 milhões de incidentes identificados. Só na América do Norte, berço da companhia, o crescimento foi de 152%. Isso também pode ser colocado na conta do novo coronavírus, que incentivou a automatização de diversas infraestruturas com sensores e outros gadgets inteligentes conectados à internet — muitas vezes de forma insegura.

Curiosamente, os criminosos estão tão focados em sequestrar dados e afetar redes IoT que o uso de malwares “tradicionais” despencou radicalmente, atingindo o menor nível desde 2014. Os pesquisadores registraram 5,6 bilhões de ataques de malware em 2020 — um número que, embora pareça alto, representa uma queda de 43% em relação ao total de 2019. Vale observar, porém, que esse tipo de ataque está bem mais direcionado e menos “genérico” do que costumava ser, sendo personalizado de acordo com o alvo em questão.

“Quase todas as organizações em ambientes de alto risco — sejam usinas de energia, órgãos do governo, forças policiais ou outro grupo que cumpra uma tarefa vital — têm uma filosofia de resiliência. Pode ser conhecido como um plano de contingência ou mesmo por um nome de código, mas a ideia é a mesma: um roteiro para manter as operações quando as coisas não saem como o esperado”, diz Bill.

“Em 2020 – um ano em que muito pouco saiu como esperado –, ficou claro o perigo de se buscar a resiliência cibernética apenas por ser uma prática recomendada. É vital expandirmos nosso pensamento, saindo da posição de ‘Como vamos prevenir um ataque?’ e passarmos à visão ‘O que faremos quando (e não se) formos atacados?’”, conclui. Clique aqui e confira gratuitamente o Relatório de Ameaças Cibernéticas da SonicWall 2021; é totalmente gratuito!

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