A tecnologia de blockchain é a nova aposta no que tange à segurança da informação, um modelo que assegura a confidencialidade de dados armazenados em bases, previne invasões e pode ser empregado em muitos produtos digitais.

O modelo é cogitado na construção de aplicativos bancários, como modo de acrescentar uma nova camada de segurança às informações de login de usuários, como senhas e cartões de crédito, no sigilo de dados empresariais e até nas redes sociais.

Em um mundo cada vez mais dominado por Big Data, as discussões sobre a segurança das informações pessoais, cedidas para empresas de todos os tipos, incluindo centro de especialidades médicas, se aquecem no interesse da população.

As preocupações variam desde o risco crescente de ataques perniciosos até a violação de informações por razões políticas ou econômicas. No cenário nacional, a criação da Lei Geral de Proteção de Dados é uma resposta a esse tipo de problema. 

Com as empresas investindo em infraestrutura de segurança, como rastreamento veicular na tecnologia digital, como forma de restabelecer a confiança com seus consumidores, a blockchain é uma adição a técnicas como criptografia de chave dupla. 

Nesse artigo, o leitor é convidado a compreender como funciona a blockchain, quais são suas principais aplicações e expectativas para o futuro, assim como seu impacto para a sobrevivência das empresas engajadas no mercado digital. 

Da criptografia ao blockchain: o que mudou?

Um dos primeiros meios de proteção de dados confidenciais é a criptografia, usada em níveis de complexidade distintos desde a Antiguidade Clássica. A criação de códigos secretos, que desvendaram mensagens por trás de escritos ilegíveis, é antiga. 

Com o surgimento da tecnologia digital por meio da internet, a criptografia saiu dos escritórios de inteligência para cumprir um papel mais íntimo na vida comum. A técnica está presente nas digitação de senhas e na biometria em um projeto de hotelaria.

O modelo mais usado atualmente é a chamada criptografia de chave dupla, também chamada de assimétrica. Enquanto na forma mais antiga, uma única chave era suficiente para desvendar o conteúdo do arquivo, o modelo atual exige uma chave pública e privada. 

Sua presença pode ser constatada também nos servidores de internet, como o protocolo HTTPS, visível em links digitados nos navegadores de computadores e smartphones. A mudança garante a confidencialidade dos dados no compartilhamento entre máquinas. 

As máquinas responsáveis por compartilhar a informação que será exibida no dispositivo de um usuário qualquer, ao acessar um link, são chamadas de servidores, enquanto os dispositivos do usuário são referidos como usuários. Nesta engrenagem, fazem parte: 

  • Empresas provedoras de sinais de internet; 
  • Empresas e ferramentas que distribuem o sinal (roteadores); 
  • Dispositivos de conexão à internet (desktop e mobile);  
  • Softwares de segurança (firewalls, entre outros). 

Entre servidores e usuários, há uma conexão que, no protocolo HTTPS, torna-se criptografada, inibindo a leitura e modificação dos dados compartilhados, por agentes externos. Por isso, o navegador define que esta é uma conexão segura. 

Esse é um excelente exemplo de compreensão da criptografia assimétrica. Composta por uma chave pública e uma privada, o servidor compartilha com o cliente a chave pública, capaz de criptografar o conteúdo do arquivo, mas mantém a privada, que descriptografa

No caminho entre essas máquinas, existem dispositivos como o roteador, o modem de internet e o provedor da rede, pontos sensíveis para violação. Uma vez interceptado o arquivo, o agente externo não pode decifrá-lo sem o acesso à chave privada. 

No blockchain, emprega-se o uso da criptografia de chave dupla. Uma empresa de terceirização que deseje manter um grande banco de dados com informações de todos os processos internos da organização, emprega a tecnologia da seguinte forma: 

Compilação de dados em nuvem

O uso da computação em nuvem é incluído nos sistemas de empresas como forma de proteger informações de panes em máquinas particulares, que podem ser causadas por descargas de energia ou erros humanos, e a expansão da capacidade de armazenamento. 

Isso acontece porque os dados anteriormente armazenados em uma máquina específica, passam a estar contidos em servidores externos, onde o acesso é permitido através da internet. A tecnologia viabiliza a iniciativa SaaS (Software as a Service). 

Os softwares que fazem parte desta categoria dispensam a instalação do programa na máquina do usuário, permitindo seu uso por links no navegador, onde o assinante acessa as funcionalidades da ferramenta mediante cadastro gratuito ou pago. 

Para empresas de venda de imóveis, a compilação de seus dados em nuvem permite o acesso em qualquer lugar, para qualquer dispositivo, favorecendo iniciativas BYOD ou contratações remotas. Tamanha comodidade exige medidas mais extensas de segurança. 

Fragmentação de dados em blocos

O conjunto de dados compilados na nuvem são fragmentados em blocos criptografados, também chamados de hash. Dessa estrutura deriva o termo “blockchain”, uma vez que cada bloco tem seu arquivo protegido por um sistema de chaves individual.

Cada código que indica um hash está ligado a outro código, que indica o hash seguinte. Essa cadeia inviabiliza a violação de dados, uma vez que para descriptografar um bloco, é necessário conhecer o código do bloco seguinte.

Além de atrasar a invasão de arquivos, a prática diminui as chances de corrupção completa de arquivos, uma vez que o acesso a cada fragmento exige um grande poder computacional para a geração de autorizações em toda a rede.

Aplicações da blockchain no mercado digital

Conhecendo o que forma esse sistema de compilação de dados descentralizada, a pergunta que surge é quantas aplicações são possíveis com esse novo modelo de segurança de dados. Já inseridos no mercado digital, os melhores exemplos, são: 

Moedas virtuais

O segmento das moedas virtuais e descentralizadas nasceu graças à tecnologia blockchain, um modelo de transações econômicas que operam longe do câmbio de moedas vinculadas a determinado governo ou nacionalidade. 

Atualmente, essas moedas são usadas para muitas transações comerciais sigilosas, servindo de inspiração para o aprimoramento de sistemas bancários de todo o mundo. Essas operações também viabilizam transações internacionais. 

Assinaturas digitais

A inclusão de blockchain nas assinaturas digitais de operações de cartório, além de acelerar a digitalização de processos internos, remove grande parte da burocracia que atrasa vendas de bens duráveis, como imóveis, veículos e até serviço funerário

Os ganhos em produtividade reverberam sobre toda a engrenagem econômica que depende dos cartórios para validar seus contratos, autenticar acordos e assinaturas, desde o campo comercial e contábil, até operações de esfera jurídica. 

Agropecuária e transparência

A tecnologia em blockchain, aplicada na agropecuária, pode garantir mais transparência ao consumidor final. O modelo facilita o rastreio de produtos e pode tornar rótulos mais ricos em informações, o que está de acordo com demandas nacionais e internacionais. 

Além de melhorar a qualidade desses produtos, tão importantes para o sucesso dessas empresas, a maior transparência educa o consumidor quanto ao que é necessário para produzir aquilo que chega até o mercado, estimulando soluções sustentáveis. 

O que muda com a blockchain?

A blockchain é uma revolução no que cabe à segurança de dados e ao mesmo tempo, transparência das informações coletadas e compartilhadas com o público. 

Seu impacto transcende as áreas diretamente contempladas, gerando benefícios, como: 

1 – Maior confiabilidade das ferramentas digitais

Um fator em discussão é a falta de transparência quanto ao que é feito com os dados pessoais coletados. Grande parte dos usuários não sabem até onde suas informações são armazenadas em bancos da web e como elas são utilizadas por agentes estranhos. 

A blockchain restaura a confiabilidade abalada em muitas ferramentas digitais, melhorando o relacionamento entre consumidor e instituições como bancos, servidores de tecnologia, serviços de assistência técnica iphone, aparelhos eletrônicos e shoppings virtuais. 

2 – Menor taxa de erros operacionais

O emprego da blockchain na segurança de dados acelera a transição das organizações a bancos de dados conectados à internet, com uma estrutura que garante mais segurança na manutenção e inviolabilidade dessas informações. 

O efeito colateral desta tendência é uma queda nos erros operacionais relacionados à perda ou corrupção de dados em ambientes corporativos. A consequência disso é um ganho em termos de produtividade e lucro que se estende até escola infantil integral

3 – Melhor comunicação organizacional

A comunicação entre departamentos de uma empresa pode melhorar com a implementação de um banco de dados descentralizado. A prática favorece contratações remotas e a importação de tecnologia e talentos de outras regiões. 

Para os gestores, a blockchain abre um campo de oportunidades para a inclusão de uma série de ferramentas digitais que enfatizam o controle, melhorando a coordenação de cada setor e atividade realizada em seu ambiente organizacional. 

Conclusão 

A blockchain é um método importante de melhoria na segurança de dados, com impactos profundos sobre todas as demais operações que acontecem no comércio digital. O recurso é capaz de reunir transparência e inviolabilidade de dados. 

Sua importância, manifesta de modo inicial por meio das criptomoedas, ganha novos contornos conforme sua implementação se estende em diferentes setores da economia, viabilizando intercambiações entre diferentes regiões e países.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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