Investir em segurança de dados empresariais é mandatório para qualquer um que trabalhe com a informação. No contexto do home office, a proteção dos dados corporativos deve ser ainda maior, uma vez que lida com dispositivos e ambientes distintos. 

O home office é uma modalidade de trabalho onde o funcionário contratado por uma empresa pode trabalhar de sua casa. Usualmente, esse profissional também usa suas ferramentas de automação próprias. 

Treinar profissionais para essa modalidade é de extrema importância para garantir que as tarefas realizadas sigam os princípios necessários para salvaguardar a segurança da informação. 

Neste artigo, saiba quais são eles e o que fazer para implementar um sistema robusto e eficaz em sua organização ou em empresas terceirizadas.

Segurança de dados: o que é?

A segurança de dados é tão fundamental para a execução de diversas atividades online que foi objeto de regulamentação judicial. Quando se fala em base de dados e armazenamento de informações, é papel da instituição detentora garantir três princípios básicos: 

Autenticidade 

O sistema empregado pelas organizações para reter e tratar informações deve garantir, por meio de provas e metodologia objetiva, que os dados contidos são genuínos e pertencem, de fato, a quem diz pertencer. 

Confidencialidade 

A organização responsável pelo armazenamento de dados deve garantir que essas informações estarão acessíveis apenas a um grupo previamente autorizado, tornando os dados ilegíveis e inalteráveis para indivíduos ou entidades a quem o acesso for negado. 

Integridade 

A integridade legisla que as informações contidas devem manter seu padrão de confiabilidade durante todo o seu tempo de vida, independente das atualizações ou edições executadas no documento ou programa que as contém. 

Métodos eficazes de segurança

É necessário que a empresa que aplica métodos de home office treine seus funcionários, por meio de cursos profissionalizantes, nas tecnologias implementadas para a realização de uma tarefa e para manutenção dos pilares que formam a tecnologia da informação. 

1 – Identifique pontos vulneráveis 

Antes de qualquer atitude, é importante compreender porque e para que determinada ação pode ser implementada no contexto corporativo. Com o objetivo de evitar desperdícios e tornar a abordagem mais precisa, o primeiro passo é uma análise de seu sistema. 

Os protocolos de segurança mais eficazes contam com avaliações internas periódicas, a fim de detectar possíveis falhas e solucioná-las com rapidez. Alguns critérios devem ser considerados na hora de encontrar pontos vulneráveis, como: 

  • Nível de maturidade digital da empresa e dos funcionários; 
  • Diversidade dos dispositivos utilizados; 
  • Frequência de atualização de softwares
  • Fatores ambientais e humanos que geram risco de acidentes;
  • Grau de confidencialidade das informações. 

Cada um desses aspectos exerce uma pressão maior ou menor sobre o patamar de segurança que deve ser adotado pela empresa. No regime home office, usualmente se emprega o protocolo BYOD em um aluguel de notebook, o que diversifica a tecnologia. 

Sigla para Bring Your Own Device, ou “traga seu próprio dispositivo”, a metodologia delega ao colaborador a responsabilidade pela escolha, manutenção e atualização dos aparelhos usados na execução de seu trabalho.  

2 – Implemente a verificação por duas etapas

A verificação por duas etapas é um instrumento de segurança que consiste na inserção de uma chave dupla para acesso a determinado conteúdo restrito. O método aposta na diversidade de senhas para dificultar a invasão de sistemas. 

Nos modelos contemporâneos, os dados de uma base ou site podem ser protegidos por uma variedade de senhas que atuam de maneira distinta e por isso, apresentam níveis de segurança diferentes. São estas: 

  • Número ou código de 8 a 10 dígitos; 
  • Token gerado automaticamente a cada sessão; 
  • Biometria; 
  • Reconhecimento de íris; 
  • Pergunta-passe. 

Para implementar dois ou mais modelos de autenticação, a empresa deve considerar a infraestrutura necessária para instalar, ao menos, um tipo de alta segurança. Métodos de autenticação mais seguros são a biometria, token e o reconhecimento de íris. 

A verificação por duas etapas está presente em softwares e plataformas muito utilizadas em espaços corporativos para controle de acessos, como endereços de e-mail, sites, algumas redes sociais e aplicativos de mensagem. 

Sistemas que implementam a verificação por duas etapas reduzem a incidência da maior parte dos ataques cibernéticos destinados à pessoas ou organizações. A geração de token automático, por exemplo, fornece cobertura uniforme a todos os dispositivos conectados. 

3 – Criptografe sua base de dados 

Toda empresa lida com alguma categoria de banco de dados, mesmo aquelas de pequeno porte. Essas estruturas servem para organizar informações contábeis, contas a receber e a pagar, telefones importantes e até mesmo estoques de produtos. 

Os bancos de dados, em suas muitas ramificações, podem ser classificados como relacionais e não-relacionais. No segundo caso, de configuração mais simples, a principal ilustração desse armazenamento é o Big Data, que reúne grandes volumes de dados soltos. 

Os bancos de dados não-relacionais servem para permitir o armazenamento de um fluxo muito intenso de informações, ideal para o contexto da internet. Um serviço de suporte de TI para pequenas empresas, contudo, pode optar por um banco relacional. 

Os bancos relacionais organizam as informações recolhidas em tabelas, permitindo a inclusão de cálculos matemáticos para análise estatística. Os dados não estão soltos, ordenados aleatoriamente, mas se relacionam com a categoria e a posição. 

Na era digital, informação é uma moeda muito valiosa, uma vez que é possível realizar uma série de ações a partir dela. Organizações criminosas roubam dados pessoais de indivíduos para criar contas bancárias falsas, por exemplo. 

Por isso, os bancos de dados corporativos são os principais alvos de ataques online, que podem surgir a partir da rede ou fora dela, ao tomar o acesso de algum funcionário ao sistema da empresa. 

Para proteger o acesso a informações confidenciais, a criptografia segue como um modelo eficiente. Com a inclusão de chaves duplas, o empreendedor pode controlar, por completo, quais deles e até onde seus colaboradores podem ler e editar dados da companhia. 

4 – Use uma rede privada

Um dos modelos de rede privada mais empregados no espaço corporativo é a intranet, um sistema restrito que exige o nome de usuário e uma senha para acessá-lo. Por ser mais uniforme que outros meios de rede privada, como o VPN, é mais usado pelas empresas. 

As organizações contam com dezenas de colaboradores e seus respectivos dispositivos, que estão distantes de um ambiente físico de trabalho dentro da modalidade home office. As internets empresariais reúnem essas entradas, facilitando o controle. 

A intranet acaba por ser um sistema exclusivo de rede de computadores que dificulta a identificação e minimiza ataques cibernéticos, mesmo em máquinas contaminadas. Desta forma, a empresa não depende tanto da segurança do profissional. 

Por isso, as redes privadas servem para diminuir os riscos aos quais uma empresa se expõe na modalidade home office, quando os funcionários utilizam suas máquinas pessoais, no espaço doméstico, para acesso aos domínios da instituição. 

5 – Assine a versão empresarial do antivírus

O mercado consumidor conta com numerosas opções de antivírus, voltadas para o reforço de redes, de máquinas desktop e de dispositivos mobile. Sua navegabilidade e inviolabilidade dependem das características de cada software

A maior parte dos usuários digitais usam pelo menos um antivírus em suas máquinas, com a aderência em desktop ainda ultrapassando a versão mobile, apesar dos smartphones figurarem como o principal veículo de acesso à internet. 

Contudo, os métodos mais empregados de proteção contra ataques cibernéticos focam naqueles que são mais comuns, usualmente voltados para o usuário pessoal. Em relação ao mundo corporativo, pelo maior valor de mercado, é alvo de ataques mais sofisticados. 

Por estar exposto a um risco consideravelmente maior, as empresas devem investir em programas de antivírus mais potentes e integrá-los a todas as máquinas em serviço. Para baratear essa operação, muitas marcas oferecem uma versão corporativa. 

Essa versão, além de oferecer níveis mais elevados de detecção de problemas, oferece ferramentas adicionais que facilitam sua instalação e manutenção de notebooks, com versões para navegadores, firewall e sistemas operacionais de smartphones.  

6 – Integre informações na nuvem 

A perda repentina de dados é causa de grandes prejuízos para as corporações. Seja por meio de ataques coordenados ou através de problemas ambientais como quedas de energia e corrupção de arquivos, ferramentas de backup previnem a questão. 

Além dos métodos tradicionais de backup, como o uso de um dispositivo terceiro para guarda de informações, sob a forma de um token, atualizar automaticamente as informações salvas no sistema em locais na internet é um novo recurso. 

Esse tipo de fenômeno é denominado computação em nuvem, raiz para a criação dos produtos SaaS (Software as a Service), que previnem o esgotamento de armazenamento interno pela instalação do programa na rede. 

Isso significa que dados podem ser armazenados na internet e resgatados assim que a conexão for restabelecida, como um cartão de ponto digital. Para profissionais do home office, esse é um excelente modo de garantir o compartilhamento ágil e seguro. 

Textos, tabelas, projetos de todos os tipos já não correm o risco de perda na computação em nuvem, mesmo em caso de acidentes que repentinamente comprometam a máquina. Além do mais, é possível integrar tecnologia adicional para a segurança. 

Conclusão

O home office é ainda uma novidade no mercado de trabalho e, por isso, é alvo de muitas ações que buscam melhorar a qualidade e estabilidade desse tipo de serviço. Com as empresas se consolidando no mundo digital, a segurança de dados é prioridade. 

Para investir em práticas eficazes de segurança dos dados, a principal recomendação é diversificar. Ao utilizar diferentes formas de proteção e autenticação, a empresa está mais preparada para sobreviver a ataques e salvaguardar a integridade de suas informações. 

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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