Ativistas ou criminosos? Saiba qual a origem e história do grupo Anonymous, os hackers mais famosos da atualidade
Os membros se intitulam ativistas da liberdade digital. Veja abaixo, qual a origem e história do grupo Anonymous, o coletivo hacker mais famoso e ativo da atualidade. Seus membros são “desconhecidos”, agem como uma unidade e gostam de assumir seus ataques ou manifestos. O Anonymous figurou diversas vezes as páginas dos jornais mundiais.
O que é o Anonymous?
Anonymous é um grupo não identificado, uma espécie de coletivo hacker, constantemente são notícia desde seu início – em atividades benéficas à liberdade e ataques considerados “criminosos”.
Na web, são considerados o grupo hacktivista mais famoso do mundo. Alguns veículos de imprensa os tratam apenas como o grupo de hackers não-governamental mais poderoso do mundo. Em uma de suas últimas atividades “benéficas”, o Anonymous fechou centenas de contas de mídia social de usuários vinculados ao Estado Islâmico.
Qual é a origem do grupo?
Início histórico
Por não ter uma organização hierárquica definida, pode ser um pouco confuso explicar sua origem, mas as características que definem o grupo dizem muito sobre eles.
O grupo, que é composto por uma rede internacional, minimamente, organizada de hacktivistas, a raiz veio do quadro de avisos baseado em imagens online 4chan. O site começou em 2003 e é usado por pessoas em todo o mundo.
O nome “Anonymous” foi inspirado pelo anonimato percebido sob o qual os usuários postam no 4chan. São dois símbolos do grupo, utilizados para identificação do coletivo – a máscara de Guy Fawkes e a imagem do “homem sem cabeça” – ambos ressaltam a não identificação de personalidades individuais do grupo e a falta de qualquer liderança formal.
Os membros do grupo se autodenominam “hacktivistas”. O título enfatiza o desejo do grupo de usar os conhecimentos tecnológicos para um propósito e causa específicos.
Definições de atuação
“Hacktivista” é uma fusão entre “hacker” e “ativista”. Quando as pessoas têm habilidades técnicas, acesso à Internet e entendem como a infraestrutura de rede e os servidores funcionam, pode ser útil colocar esse conhecimento para ter algum efeito no mundo.
Eles não fazem hacking e cracking sem uma causa. A crença do “corpo de membros” sobre a função do Anonymous em todo o mundo é: as corporações e organizações que são consideradas corruptas ou danosas à liberdade devem ser atacadas.
Se por algum motivo o administrador de uma rede acredita que pode se tornar um alvo, é melhor testá-la para lidar com ataques DDoS, pois é o método mais comum que o Anonymous usa para derrubar servidores da web.
Grupo Anonymous é terrorista?
Na definição prática que temos por terrorismo, não. Nem todas as atividades do Anonymous envolvem ataques a redes ou sites. O grupo também faz protestos públicos e pretende mostrar que está atento às movimentações do “sistema”, uma espécie de voz virtual da população oprimida.
A web e os canais de IRC são a força vital do grupo. Se não fosse pela Internet, o Anonymous nunca teria existido, seu anonimato é fortalecido por não ser necessário o deslocamento físico para ações.
Atos de destaque do grupo Anonymous
Uma grande causa do coletivo hacker que chegou às manchetes foi uma ação em 2008 chamada “Projeto Chanology“. A motivação veio quando a Igreja da Cientologia removeu um vídeo de Tom Cruise divulgando os benefícios da religião da Internet, pois retratava a igreja sob um viés negativo.
O Anonymous respondeu postando um vídeo no YouTube chamado “Mensagem para a Cientologia”. O grupo se empenhou em descobrir o quão perigosa era uma organização da Cientologia e como a remoção do vídeo de Tom Cruise pelo culto violou a liberdade de expressão.
Entre marchas fora das igrejas de Scientology e os vídeos que o grupo postou, eles conseguiram estabelecer seu poder e determinação neste primeiro projeto. O grupo tem se inclinado para causas importantes, desde o Occupy Wall Street até o repúdio ao assassinato de Michael Brown.
Embora o Anonymous tenha sido criticado, inicialmente, na mídia por ataques ao governo e empresas, a reputação do grupo vem melhorando. O grupo está sendo elogiado por seu trabalho, especialmente na missão de combater os “ciberjihadistas” – grupos de radicais islâmicos que atuam na internet.