Com o aumento da importância do TI nas empresas, também cresce o número de ameaças no meio digital. Um exemplo são os ransomwares, uma forma de ataque que tem sido muito comentada neste ano. Para evitar que o negócio seja afetado por tais ameaças, as políticas de segurança da informação estão aí para eliminar diferentes vulnerabilidades.
Se você quer saber como uma política de segurança da informação pode contribuir para que a sua empresa não entre para estes números e quais as melhores técnicas para proteger o seu negócio a companhe o post de hoje!
O que é uma Política de Segurança da Informação?
Uma Política de Segurança da Informação (PSI) funciona como um planejamento da forma como a empresa lida com seus ativos de informação, ou seja, aquilo que produz ou contém informações de valor. Ela é guiada pelos três princípios básicos da segurança da informação, que podem ser resumidos desta forma:
- confidencialidade: as informações só devem ser acessadas por quem é autorizado. Este princípio tem como objetivo impedir que conteúdos sejam visualizados e roubados por terceiros a qualquer momento;
- integridade: as informações só podem ser alteradas por quem é autorizado. Isso evita que contas comprometidas consigam eliminar, modificar ou remover registros internos do empreendimento;
- disponibilidade: as informações devem estar sempre disponíveis para quem é autorizado, evitando interrupções no fluxo de trabalho. Tenha em mente, portanto, que políticas de segurança devem focar, entre outros fatores, na garantia da privacidade de cada pessoa que utiliza os seus recursos.
Para garantir esses princípios, são usadas algumas estratégias e uma grande gama de ferramentas, dependendo do grau de segurança que a empresa precisa. Soluções de monitoramento de rede, serviços de controle de acesso e políticas de restrição de conteúdos são apenas alguns exemplos.
Tais estratégias facilitam a criação de um ambiente de dados de alta performance e confiabilidade. O negócio poderá diminuir o número de vulnerabilidades existentes no seu ambiente de trabalho e, ao mesmo tempo, detectar a presença de ameaças com agilidade. Assim, o negócio torna os seus serviços digitais mais robustos e imunes a ataques.
Qual o impacto causado pela ausência de uma Política de Segurança da Informação?
Apenas em 2015, ocorreram mais de 722 mil incidentes de segurança da informação no Brasil, de acordo com o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil. Esse número é um indicativo de dois fatores: os gestores de TI falham em proteger os seus dados e o país possui um grande número de informações de alto valor armazenadas na sua infraestrutura de TI.
Os efeitos dos ataques são variados. A empresa pode ter perda de dados, como é o caso dos ataques de ransomwares, não conseguir acesso aos seus serviços mais importantes e ter dificuldades para atender a demandas de clientes. Além disso, o roubo de informações de terceiros prejudica a credibilidade do negócio no mercado, levando à perda de consumidores e parceiros comerciais.
Por onde começar a elaborar a Política de Segurança da Informação?
As Políticas de Segurança da Informação são regulamentadas pela ISO 27001, que define diretrizes para as etapas que fazem parte do seu processo de elaboração. Confira a seguir, um resumo rápido das principais fases da implementação de uma política de segurança da informação.
1. Diagnóstico da Segurança da Informação
Antes de começar a elaborar planos de contenção ou políticas de controle de acesso, é necessário conhecer bem os ativos de informação da sua empresa. A partir disso, é possível hierarquizar os ativos da corporação para priorizá-los nas Políticas de Segurança da Informação de acordo com o impacto que o negócio teria caso algo ocorresse com cada equipamento ou sistema.
Além da hierarquização por importância na empresa, é preciso avaliar quais são as ameaças e vulnerabilidades de cada um dos ativos. Esta etapa também é uma das principais para a elaboração de um plano de gerenciamento de riscos, um dos instrumentos mais importantes para as políticas de segurança da informação.
Cabe ao gestor de TI e aos técnicos da área identificar como cada sistema ou ativo pode ser utilizado como porta (ou alvo) de ataques digitais. Um dispositivo da Internet das Coisas, por exemplo, muitas vezes serve de porta de entrada para ataques de rede caso ele seja mal configurado. Já softwares de gestão são alvos de uma série de ataques por possuírem um grande número de informações privadas.
Finalmente, é necessário analisar se já há alguma política de segurança da informação na empresa, algo que vai desde controles de acesso (digitais e do espaço físico) até a existência de backups. Conhecer quais são as normas de segurança já existentes permite que o negócio tenha uma abordagem mais eficaz, direcionando os seus esforços para as normas e políticas certas.
2. Elaboração da PSI
Com as informações de diagnóstico como base, é possível criar uma política de informação que atenda aos requisitos da empresa. No entanto, essa etapa não pode ser feita só com profissionais do setor de TI. Uma boa PSI deve ser elaborada por uma equipe que abrange todos os setores da instituição, uma vez que ela deve ser aplicada a todos os funcionários. Nesta etapa serão definidos processos como:
- políticas de backup;
- políticas de uso de senha;
- controle de acesso aos espaços físicos;
- os diferentes graus de acesso à informação de diferentes profissionais e times;
- criação de planos de contingência e de gerenciamento de riscos;
- definição das políticas de atualização de softwares
Junto a outras estratégias, tais medidas tornam o ambiente de trabalho mais eficaz. Elas são cruciais para que o negócio possa direcionar os seus esforços em pontos críticos, sem perder o foco no seu core business.
3. Implementação da PSI
Nesta etapa é crucial ter o apoio de toda a empresa. Uma vez que a política esteja pronta, é necessário que os funcionários aprendam a trabalhar dentro dela. Para isso, podem ser feitas palestras e treinamentos, além de estabelecer sanções para o descumprimento da PSI.
É neste momento que todos os profissionais serão engajados na necessidade de possuir uma rotina baseada em boas práticas de segurança. Lembre-se sempre que a maioria dos ataques pode ser eliminada não com o investimento em soluções de segurança, mas com a capacidade de cada pessoa de identificar conteúdos maliciosos. Portanto, esteja pronto para criar treinamentos e cursos diretos e de fácil compreensão.
Como estão sempre surgindo novas ameaças, é importante que a política de segurança da informação esteja sempre se atualizando. Uma PSI é essencial para reduzir as vulnerabilidades da empresa quanto à segurança da informação, além disso, deve haver alguém encarregado de realizar revisões periódicas das políticas de segurança da informação para ajustá-la às necessidades da empresa.
Verifique em fóruns e publicações oficiais de empresas que atuam com segurança digital se novas ameaças que podem atingir o seu negócio já foram detectadas. Também não se esqueça de manter um contato constante com o desenvolvedor dos seus softwares: ele pode indicar atualizações e mecanismos de trabalho para que a empresa possa eliminar rapidamente qualquer tipo de falha de segurança existente.
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