Se tem algo que é praticamente impossível de ignorar é a importância que a tecnologia assumiu em nossas vidas nos últimos anos e décadas, seja pessoal ou profissionalmente. Daí que o papel de um gestor de TI possa ser tão importante atualmente.
De fato, essa é uma das profissões que quase sempre aparece no topo das mais promissoras, haja vista que não é de hoje que os processos tecnológicos e de automação vêm mudando drasticamente o mundo.
Para constatar isso, basta pensar na famosa Indústria 4.0 da qual tanto se fala, que vai atingir níveis incríveis de automação e Inteligência Artificial. Ou da conexão 5G, que irá permitir tudo isso por ser uma banda larga bem melhor do que tudo o que já se viu.
Além disso, a tecnologia está presente nos veículos, na telefonia, nos eletrodomésticos, nas plataformas digitais e em tantas outras frentes com as quais lidamos. Basta abrir um motor de busca e pesquisar, por exemplo, por cursos online.
A pesquisa pode ser feita pelo notebook, pelo desktop ou pelo celular, que em poucos segundos ela retorna com centenas ou milhares de resultados, colocados à disposição do usuário com uma facilidade que antes seria impensável.
Por trás desses buscadores como Google, Bing, Yahoo! e outros, o que há é toda uma tecnologia de softwares e hardwares que tem tudo a ver com a TI enquanto Tecnologia da Informação, justamente porque o pano de fundo é similar.
Tanto que um bom gestor de TI tem de ser capaz de desenvolver projetos que levem em conta a demanda de hardwares que uma determinada empresa ou corporação tem, para a partir disso instalar os softwares que possam operacionalizar os processos.
Como uma empresa de monitoramento de segurança, que precisa de determinados tipos de câmeras e sensores. Contudo, sem a integração disso com a parte lógica que é a do software, mesmo os melhores equipamentos do mundo seriam insuficientes.
Além disso, um fator que quase sempre acaba negligenciado é o fato de que um bom gestor de TI precisa ter uma formação considerável em termos de gestão de talentos. Aliás, muitos pensam que a TI lida apenas com máquinas, equipamentos e programas.
Mas na verdade o gestor de TI precisa ter uma compreensão melhor da relação entre as pessoas, especialmente no sentido em que isso também toca a questão da própria tecnologia. Então surge o famoso termo da área, IHM (Interface Homem-Máquina).
Claro que para desenhar um pátio fabril ou fazer todo um cabeamento estruturado de redes você não precisa dominar diretamente o talento com pessoas. Contudo, adiante ficará claro que isso poderia ajudar e muito na profissão do gestor de TI.
Então, se você quer compreender a fundo como todos esses fatores se relacionam e ainda articular esse conhecimento prático com alguns preceitos e conceitos que ajudam a entender a profissão e os modos de se destacar nela, basta seguir até o fim com a leitura.
O que é a gestão de TI?
Antes de falar sobre a profissão de gestor de TI, precisamos lembrar que existe um curso chamado Gestão de Tecnologia da Informação, que obviamente precede a atuação profissional no mercado.
Ou seja, no Brasil ninguém pode exercer esse cargo ou função sem estar oficialmente habilitado para isso, conforme a chancela diplomática das instituições de ensino que atuam na área.
Naturalmente, quem tem interesse pelo mercado tech como um todo, encontra nessa disciplina ou nesse curso uma verdadeira alternativa de exercício profissional, especialmente pela sua conexão com uma visão mais abrangente da TI.
Por exemplo, uma empresa de sistema de segurança pode focar exclusivamente a parte de software, o que é bom, pois gera um know-how maior. Por outro lado, o profissional em si mesmo precisa ter fluência também no hardware.
Além da dimensão que ele aprende em termos de gerenciamento de projetos e alinhamento de banco de talentos de uma corporação, como já referido.
Em termos práticos, esse curso fundamental para o exercício da profissão pode incluir matérias tão abrangentes quanto às seguintes:
- Rede de Computadores;
- Arquitetura de Computadores;
- Banco de Dados;
- Custos e Gestão Financeira;
- Direito Aplicado a Negócios;
- Comércio Eletrônico;
- Engenharia de Software;
- Modelagem de Software;
- Engenharia de Hardware;
- Gestão de Segurança da TI;
- Gestão de Processos e Projetos;
- Matemática Financeira;
- As Novas Tecnologias;
- Planejamentos Estratégicos de TI.
Entre muitos outros. Claro que há variações dessas disciplinas conforme a instituição de ensino que se escolha, ou mesmo ausência de alguma dessas matérias e presença de outras.
Mas a essência da proposta é exatamente essa, sobretudo no sentido de que essas são apenas as disciplinas mais importantes, sendo que, ao todo, o curso conta com mais de 2 mil horas de carga horária e com dezenas de matérias.
As possibilidades do profissional
Tal como em qualquer outra dimensão da vida, é claro que existe uma margem considerável de dedicação e de colocação no mercado, que pode mudar totalmente a realidade do profissional formado na área de gestão de TI.
Como dito, isso ocorre em qualquer dimensão profissional e até pessoal na vida. Às vezes, duas pessoas fazem um curso de determinado segmento, uma se torna referência na área e fica milionária, a outra guarda o diploma na gaveta e nem exerce.
Dito isto, é interessante notar que há duas maneiras principais de exercer os conhecimentos de TI, sendo uma mais estratégica e voltada para projetos, outra mais operacional e voltada para a rotina de trabalho no chão de fábrica.
O primeiro profissional tende a se alinhar mais com os gestores e tutores da empresa, alinhando definições e deliberações propriamente estratégicas ou executivas.
Assim, ele tem acesso a arquivos da empresa, reuniões decisivas e participação de bate-papo em salas privativas, eventualmente com os donos e sócios da corporação.
Neste caso entra muito do que falamos sobre o poder de gestão de talentos, uma vez que tal profissional é quem vai alinhar as equipes e colaboradores em torno de um propósito mais amplo, ligado à missão, visão e valores da empresa.
Já o segundo profissional precisa desenvolver traços como disciplina, pontualidade, capacidade de ouvir e de obedecer, além de criatividade para sempre fazer um pouco a mais do que é pedido, como modo de se destacar e poder subir na hierarquia.
Sobre os autônomos na área
Pode parecer estranho falar em um autônomo da área de gestão de TI, ou mesmo de um profissional freelancer, mas a verdade é que eles existem e não são poucos.
Afinal, muitas empresas não chegam a ter um departamento de TI próprio, internalizado no quadro fixo da empresa ou na folha de pagamento. Mas nem por isso deixam de precisar cada vez mais de soluções tecnológicas em várias frentes cotidianas.
O maior exemplo é o do contrato de suporte de TI para pequenas empresas, que geralmente consiste em montar uma quantidade específica de máquinas, com um número fechado de softwares instalados, e prestar manutenção em cima disso.
Esses acordos também costumam contar com um número específico de suportes já incluídos no pacote do valor mensal, como a troca de 5 peças, 4 restaurações de sistema e 2 formatações. Se a demanda passar disso, cobra-se por hora técnica.
Esse é apenas um exemplo, lembrando que esse profissional autônomo ainda pode contar com o reforço de outros freelancers, como modo de atender ou manter seus próprios contratos.
A importância dessa gestão
Um aspecto fundamental de compreender, seja para executar a profissão no seu sentido mais estratégico ou mais operacional, é o quanto o sucesso de uma empresa pode depender disso.
Infelizmente, é preciso reconhecer que o brasileiro não é conhecido por ser precavido ou mesmo por gostar da racionalização de processos. Geralmente preferimos informalidades, o tal do “jeitinho” e medidas não necessariamente programadas.
Ocorre que a racionalização de processos é o único caminho sério, sólido e sustentável para o crescimento, seja de uma indústria química ou de uma empresa de consultoria fiscal.
Tanto que hoje muitas marcas chegam a explorar seu alinhamento em termos de gestão de TI como um verdadeiro ativo do negócio, já que investir consistentemente nisso é algo que realmente agrega um valor constante à firma.
Inclusive, para acessar bancos, crédito e fundos de investimento é fundamental ter um planejamento em dia e uma gestão de TI assertiva.
São várias as situações que confirmam isso, mas vamos imaginar apenas o caso da falta de equipamentos para atender clientes com quem a empresa já fechou, o que obviamente causaria insatisfação generalizada e mancharia o nome da firma.
Ou ainda, o extravio de informações, tanto da corporação quanto dos clientes que confiaram nela. Um modo de evitar isso seria realizar algo como um conserto de notebooks, o que só pode ocorrer como manutenção preventiva por meio da boa gestão de TI.
Ou seja, as boas práticas desse departamento são algo que impacta não apenas na rotina dos colaboradores ou dos donos, mas também na experiência que o cliente tem lá na ponta.
Conclusão
Quando uma marca entende o quanto a gestão de TI pode ajudar em seu crescimento, é hora de investir nisso e contar com um bom profissional da área. Com as informações e dicas trazidas acima, essa pessoa pode dar os passos iniciais nessa direção.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.