A transformação digital inova constantemente e promove muitos benefícios no meio digital. E atualmente vivemos conectados na internet, constantemente trocando e acessando novos dados. E por isso, acabamos esbarrando em robozinhos durante as ações mais corriqueiras. No post de hoje aprenda como identificar e combater os tráfegos de bots.
Segundo um estudo realizado pela Abrahosting (Associação Brasileira das Empresas de Infraestrutura e Hospedagem na Internet), 60% do tráfego brasileiro é constituído por interações geradas por meio de códigos robóticos, comumente conhecido como “bots”.
Os bots – aplicações que executam scripts na internet – geralmente são associados a ações negativas na internet. Porém, existem os bots que são essenciais para serviços úteis, como a Siri e Alexa, uma vez que são como assistente digitais e desempenham ações mecanismos de busca.
Porém, existem sim os bots mal-intencionados, usados para fins como preenchimento de credenciais, raspagem de dados e lançamento de ataques de DDoS. Algo relacionado inclusive ao aumento dos ataques cibernéticos.
O tráfego de bots pode prejudicar seu negócio?
Sites que oferecem a venda de produtos com estoque limitado e serviços podem ficar financeiramente incapacitados pelo tráfego de bots mal-intencionados. Já os sites que dependem de publicidade editores que monetizam com conteúdos são particularmente vulneráveis.
No caso de sites que veiculam anúncios, os bots que chegam ao site e clicam em vários elementos da página podem acionar cliques falsos em anúncios, o que é conhecido como fraude de cliques.
Porém, as redes de publicidade on-line são muito eficientes para detectar cliques de bots. E caso haja suspeitas de que um site está cometendo uma fraude de cliques, será tomada uma providência, que geralmente é banir da rede o site e seu proprietário. Por esse motivo, esses proprietários precisam estar sempre atentos à fraude de cliques originada por bots.
Já os sites com estoques limitados podem ser visados por bots de acumulação de estoques.
Como o próprio nome sugere, esses bots acessam sites de comércio eletrônico e despejam toneladas de mercadorias em seus carrinhos de compras, tornando essa mercadoria indisponível para compra por compradores legítimos.
Em alguns casos, isso também pode acionar a reposição desnecessária de estoque por um fornecedor ou fabricante. Os bots de acumulação de estoque nunca fazem uma compra; simplesmente são projetados para perturbar a disponibilidade do estoque.
Aumento de bots maliciosos
Ainda segundo a pesquisa da Abrahosting, em 2017, 55% dos bots surgiram a partir de eventos maliciosos que podiam ser originados, principalmente, por spams.
Esses dados nocivos atingem qualquer usuário presente nas mídias digitais e impactam principalmente as empresas.
Essa situação se agravou, de modo que o Ponemon Institute identificou que 79% dos líderes de cibersegurança não conseguem distinguir com assertividade o tráfego de robôs e de humanos nos websites sob sua gestão.
Esses números que estão em crescimento causam grande preocupação e ganhou novos ares após a divulgação do relatório “O Grande Problema dos Bots Maliciosos 2020”, feito pela multinacional israelense Radware.
O relatório revelou um crescimento nos dois tipos de bots, os essenciais e os maliciosos. Porém, houve um crescimento expressivo dos bots nocivos. A pesquisa descobriu que, em 2019, eles chegaram a 24,5% do tráfego total da Internet, um aumento de 20% em relação a 2018.
No quarto trimestre, época com grande pico das vendas on-line, o percentual chegou a 29,3%. Em outras palavras, entre um quarto e um terço de toda a movimentação na internet não foram feitas por seres humanos e nem por bots do bem, mas sim por sistemas automatizados com más intenções.
A pesquisa também identificou que em 2019, 15,4% do tráfego total foi feito por robôs mal intencionados em aplicativos para dispositivos móveis, ultrapassando os 13,4% de 2018.
Com a expansão de números negativos sobre a pauta de segurança digital, o tema está chegando ao status de item indispensável nas empresas, que muitas vezes recorrem a profissionais qualificados e que tenham certificações em curso de Python para gerenciar esses problemas.
Seja em e-commerces, empresas de pequeno, médio e grande portes, indústrias e até mesmo instituições financeiras, todas as companhias precisam se atualizar frente a esse problema.
3 Exemplos de Bots:
Os bots estão presentes em várias ações do nosso dia a dia e cada um é programado com uma intenção.
Suas ações podem muitas vezes não serem identificadas pelos usuários, mas por vezes podemos interagir por essa atuação. Os mais comuns são:
#1 Bots nas mídias sociais
Esses são aqueles robôs programados para retweetar, curtir e comentar em posts. Esses bots também são conhecidos como social bosts e são perfis automatizados que assumem uma identidade falsa, ao tomarem controle de contas inativas ou antigas.
Ao agir nas contas eles são capazes de produzir e/ou disseminar conteúdos. Os social bots que atuam diretamente no discurso político já ganhou uma denominação nova e diferente, passando a ser chamados de political bots.
#2 Chatbots
Os chatbots se tornam mais reconhecíveis, pois eles estão presentes em sites, no Facebook Messenger e até mesmo no Whatsapp. Eles também podem ser considerados como exemplos de bots bons.
Os chatbots são aplicações com árvores de diálogos para fazer um primeiro atendimento, responder dúvidas frequentes e outras aplicações ligadas ao relacionamento com o consumidor. Isso porque eles são scripts treinados para manter conversas humanizadas.
#3WebCrawlers
Crawlers são bots que vasculham a internet para ler páginas, extrair informações e buscar termos específicos. O Google utiliza esse tipo de bot para indexar as páginas dos sites em suas buscas.
Os bots Crawlers traduzidos para o português significa rastreadores, uma vez que eles constantemente navegam pela web em busca de sites específicos.
Como identificar as fraudes no tráfego de robôs?
Os bots por muitas vezes podem ser considerados os vilões das equipes de TI. Os bots mal-intencionados têm sido ampliados e recorrentemente usados, porém criando novas formas de se esconderam dentro dos dados.
O bom é que existem alguns indícios que podem chamar a atenção do time especializado, para que então eles possam adotar medidas para compreender melhor se aquilo é de fato um tráfego de robô malicioso.
Os bots com intuitos nocivos realizam ataques de força bruta. Para esses casos, uma estratégia para identificar esse tipo de ação é a de monitoração das taxas de sucesso e de falhas de tentativas de acesso às contas privadas.
Outra ação suspeita é visita regular ao seu endereço, diversas vezes em um curto período de tempo. Caso a equipe de TI identifique um mesmo IP nos registros, existem grandes chances de ser a presença de bots. Assim, realizar a análise dos logs do servidor é função fundamental para identificação e combate.
Outro indicativo são as mensagens enviadas pelos e-mails. O acompanhamento das contas é importante para verificar a presença de rascunhos, mensagens devolvidas por erros e até mesmo mensagens enviadas. Ao verificar o que está sendo conduzido pelas contas, é possível levantar alertas para movimentos estranhos.
Por fim, outro indicativo é a lentidão do seu site. Isso porque os bots com intenção de ataques DDoS se movimentam em grupos e com bastante agilidade e rapidez. Ao realizar muitas requisições por segundo, o servidor pode ficar com sobrecarga e resultar em site lento ou com erro, podendo até ocorrer a inatividade do serviço.
Dessa forma, esses indícios podem auxiliar na percepção dos bots. Não significa que necessariamente essas ações são resultantes de bots mal-intencionados. Mas, a movimentação estranha levanta alertas para as empresas checarem e tomarem a melhor decisão possível de proteção e correção.
Como combater o tráfego de robôs?
A ação dos bots pode ser identificada por meio de estudo e acompanhamento de padrões suspeitos de funcionamento. E há maneiras de com apoio da Inteligência Artificial adotar ações de segurança e proteção de dados.
Por isso, é importante analisar com frequência o estado da sua rede, para poder antecipar ações suspeitas.
A Blockbit recomenda a adoção das seguintes estratégias: Assinaturas para detecção de tentativas de acesso e invasão; Assinaturas de detecção e bloqueio de acesso indevido de servidores de bot conhecidos ou públicos; Assinaturas de detecção de tráfego malicioso de bots instalados na própria rede local do Controle de Aplicativos.
Essas são algumas ferramentas que promovem medidas protetivas para empresas de diversos nichos e também diferentes tamanhos.