KPIs ou Key Performance Indicators — em português, indicadores de desempenho — são os indicadores que, em um cenário ideal, todos deveríamos acompanhar. Afinal, quando bem selecionados, são capazes de dar um panorama claro do progresso ou impacto das atividades em uma determinada área. Se o assunto é monitoramento de redes, os KPIs podem ajudar a sua organização a entender e mensurar o uso delas, avaliando seu sucesso ou fracasso.
Para que um KPI de monitoramento de redes funcione, ele precisa seguir algumas regras:
- mensurar o impacto da performance das redes em uma empresa;
- oferecer uma medida clara que possa ser compreendida rapidamente;
- identificar ações ou partes do negócio que precisam de atenção;
- evidenciar claramente um problema que possa ser endereçado o mais rápido possível.
A seguir, listamos 4 dos KPIs mais importantes no monitoramento de redes e explicamos o que cada um deles observa e quais vantagens o seu negócio pode esperar ao acompanhá-los. Confira!
1. Disponibilidade
O principal KPI utilizado no monitoramento de redes é a disponibilidade. Ele indica quanto tempo a sua rede fica no ar diariamente e deve ser uma preocupação dos seus gestores de TI. Uma disponibilidade alta durante as horas úteis é imprescindível, mas pode variar conforme o cenário.
Enquanto um escritório de contabilidade precisará de alta disponibilidade das 8 às 18h, é provável que um hospital tenha necessidade dela 24h por dia. Então excluídas as manutenções previamente agendadas, essa instituição precisa manter um uptime equivalente ao uptime planejado (que é facilmente descoberto subtraindo as horas de manutenção das horas de serviço).
Como um negócio pode mensurar essa disponibilidade? O primeiro passo deve ser concentrar-se em toda a infraestrutura de TI de um negócio, em vez de pensar em componentes individuais. Afinal, a disponibilidade é calculada sobre todo o sistema.
Em seguida, precisaremos tornar aquela fórmula de uptime planejado um pouco mais complexa. Ela fica mais ou menos assim:
Disponibilidade = Uptime planejado – Downtimes / Uptime planejado x 100%
Melhorar o tempo de disponibilidade em redes é um objetivo comum, que pode ser obtido com uma distribuição mais inteligente de seus componentes, mudança na infraestrutura e constantes otimizações realizadas ao longo da manutenção. Para fazer isso, descobrir a disponibilidade atual com monitoramento de redes é imprescindível.
2. Latência e performance
Latência e performance formam um único KPI, que diz respeito ao intervalo de tempo necessário para se enviar algo por meio de uma rede. Um tempo de latência muito grande pode causar problemas nas organizações e, por isso, você deve almejar trazer o número observado aqui para o mais próximo possível de zero.
Dizemos que latência e performance estão intimamente conectadas porque uma depende da outra. Com um tempo de latência muito grande, seus funcionários não conseguirão fazer coisas simples, como visualizar uma apresentação que receberam por e-mail ou carregar um vídeo. Portanto, sua equipe deve se esforçar para quantificar e melhorar essa KPI.
Você pode testar a latência de maneira automatizada, escolhendo uma ferramenta que faça isso ou estimá-la manualmente. A maneira mais popular de se fazer isso é enviando um pacote e fazendo-o retornar para você e considerando a dimensão do canal. Se os números de latência observados forem:
- 0 – 100 ms = seus envios são instantâneos;
- 100 – 300 ms = há um pequeno atraso, perceptível;
- 300 – 1000 ms = sua rede está lenta.
O cálculo da performance, por outro lado, simula atividades comuns feitas pelo usuário e o tempo necessário para isso. Ele é capaz de identificar gargalos, mostrar qual é a configuração mínima necessária para um sistema funcionar e mostrar o quão satisfeitos seus usuários estarão ao usar determinada rede.
3. Utilização
Outro KPI popular no monitoramento de redes é a utilização. A utilização aumenta conforme mais pessoas demandam recursos de uma rede e pode afetar a performance dos circuitos. Por causa disso, é muito importante monitorar esse KPI para ter uma noção da degradação à qual a rede está submetida.
Há muitas ferramentas que um gestor pode utilizar para acompanhar a utilização da rede, seja na forma de tecnologias open source, seja na forma de tecnologias proprietárias. Uma melhor prática na hora de monitorar esse aspecto das suas redes é monitorar cada atividade e utilizar esses dados para entender como melhor distribuir recursos.
Dentre os softwares que podem ser utilizados gratuitamente para monitorar redes podemos citar o Zenoss Core, o Icinga 2 e o OpenNMS. Em comum, todos esses softwares possuem o código aberto que pode ser modificado pela sua organização conforme necessário e, assim, podem contemplar todas as suas demandas de monitoramento.
4. Jitter
Jitter é uma palavra inglesa que pode ser utilizada como sinônimo de nervosismo. Em uma rede, essa é a metáfora exata que utilizaremos para que você entenda o conceito. Quando acontece um atraso (delay), há uma diferença no intervalo da chegada de pacotes, criando uma oscilação de intervalos variáveis.
Essa oscilação é o jitter. É como se houvesse algo que impedisse os pacotes de serem enviados por alguns instantes. Em redes nas quais há o tráfego de mais pacotes por segundo, como nas utilizadas com sistemas VoIP, o jitter pode ser um problema que prejudica a qualidade do serviço.
Se o jitter da sua rede se mostrar elevado ao longo do monitoramento, uma boa ideia é analisar quais pacotes chegam com atraso e verificar a proporção deles com relação aos que não chegam. Assim, será possível corrigir o jitter buffer (que serve para remediar os atrasos na entrega de pacotes).
Para usar as KPIs de monitoramento de redes citadas aqui de uma forma eficiente, é preciso entender que elas jamais serão estáticas, e que o ciclo de monitoramento pode variar de negócio para negócio, podendo compreender algumas semanas ou anos inteiros. Por esse motivo, o ideal é escolher as métricas que se encaixam melhor nas suas necessidades e introduzir novos KPIs sempre que parecer necessário.
A maioria dos KPIs de monitoramento de TI exige algum tipo de análise qualitativa para serem interpretados. Ainda assim, são importantes no monitoramento de redes, pois quantificam performance, permitem o cumprimento de metas e ajudam a sua empresa a utilizar melhor os recursos de que dispõe.
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